Celular

Queda na produção de semicondutores pode afetar preços de celulares

A queda na produção de semicondutores tem preocupado toda a indústria da tecnologia, e pode ser um dos principais fatores para um aumento de preço ainda maior nos celulares em todo o mundo.

Desde o início da pandemia, a produção das grandes indústrias diminuiu bastante. No entanto, com o início da vacinação ao redor do mundo, os números deveriam se estabilizar gradativamente. Mesmo que essa fosse a expectativa, a normalização da produção e estabilização dos preços não deve acontecer tão cedo. A realidade é que os semicondutores estão em falta em todo o mercado e tem prejudicado diversos setores de produção ao redor do mundo.

Redmi Note 10 suspenso na Indonésia

Depois do PlayStation 5 e do iPhone, foi a vez da Xiaomi ter sua produção de celulares afetada pela escassez dos chips. Na Indonésia, a empresa ficou sem nenhum estoque para a produção de novos Redmi Note 10 e declarou ao público que o modelo já não estará mais disponível por lá.

A solução oferecida pela própria fabricante é que os consumidores procurem outras versões do aparelho. O Redmi Note 10S, Redmi Note 10 Pro e Redmi Note 5G são as variações disponíveis para quem não quer perder a chance de garantir o modelo.

 Apesar de o problema estar somente na Indonésia por enquanto, é provável que a Xiaomi e outras fabricantes também precisem diminuir sua produção ao redor do mundo. Mesmo com os indicativos de que os microchips voltariam ao volume normal em breve, a crise entre os eletrônicos continua. 

No caso do Redmi Note 10, as especificações muito boas somadas ao preço acessível que a Xiaomi costuma ter, fizeram com que ele fosse muito procurado. O modelo foi lançado no início do ano, mas ainda é um dos favoritos dos consumidores da marca.

Produção de semicondutores em crise –  Entenda

No ano passado, enquanto a Huawei e os EUA travavam uma briga sobre as sanções impostas pelo ex-presidente Trump, a empresa começou a estocar semicondutores temendo uma dificuldade em adquirir esses dispositivos mais tarde. Além disso, o ritmo de trabalho menor nas fábricas ao redor do mundo também contribuiu para que tivéssemos uma queda na quantidade desses chips tão necessários. 

Ao mesmo tempo, as medidas que tornaram o home office muito mais comum na maioria dos países, também fizeram com que a demanda por aparelhos eletrônicos aumentasse bastante. Intensificando a pressão sobre essas indústrias ainda em 2020. 

Por este motivo, muitos especialistas da área afirmam que algumas versões do iPhone 12, por exemplo, foram produzidas em menor escala. Além disso, a dificuldade em conseguir comprar um PlayStation 5 no fim do ano, também veio da falta de insumos necessários para a fabricação do console.

Neste ano, quando a produção deveria retomar o ritmo normal após o início da vacinação contra a COVID-19, outra crise surgiu para as produtoras. As fábricas sediadas nos Estados Unidos enfrentaram uma paralisação devido às fortes tempestades que atingiram o Texas. Por outro lado, a empresa chinesa TSMC,que é uma das maiores produtoras de semicondutores do mundo, anunciou que precisará aumentar os seus preços. Devido à da falta de chuvas, a empresa tem gastos maiores com o abastecimento de água em sua fábrica, e deve chegar a um aumento de até 25% do preço total. 

Por fim, o surgimento e popularização do 5G fizeram com que a demanda por novos aparelhos também aumentasse muito. Dessa maneira, a produção que já estava em baixa, deixou de ser suficiente para atender todo o mercado que precisava de cada vez mais dispositivos. 

Aumento no preço e baixa na produção

Nos próximos meses, a produção de semicondutores pode ser normalizada aos poucos. No entanto, a falta desses dispositivos até agora já resultou em um impacto bem grande para o mercado de tecnologia como um todo. Segundo as maiores produtoras dos semicondutores, o foco principal é abastecer as empresas automobilísticas. Montadoras como a Ford e Volkswagen têm uma defasagem enorme na área, e são a prioridade de abastecimento por enquanto.

Dessa maneira, o mercado de celulares pode esperar um impacto grande. O preço dos aparelhos deve aumentar significativamente neste ano. Se em 2020 já tivemos algumas altas surpreendentes, em 2021 os valores podem subir ainda mais. 

A maior expectativa era de que no segundo semestre, os preços e produção fossem normalizados. No entanto, para um reportagem da Reuters, o CEO da Dell, Michael Dell, afirmou que ainda teremos bastante tempo de escassez na área. De acordo com ele, a pandemia somada às sanções dos EUA impostas a China ainda terão impactos na indústria por muito tempo. Então, por enquanto, ainda lidaremos com valores altos e insumos bem raros no mercado.

 

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