As baterias de celulares e computadores atualmente são feitas de Lítio, em sua maioria, daí vem o nome bateria Íon-lítio. O elemento substitui os dispositivos alcalinos que eram conhecidos por “viciar” depois de certo tempo de uso.
O lítio se tornou tão popular entre as baterias por conta de sua alta capacidade de condução de energia elétrica. Além disso, ele é o metal mais leve da Terra, ficando atrás somente de elementos fabricados em laboratório. Uma combinação ideal para dispositivos portáteis.
A grande capacidade de armazenar e liberar a energia aos poucos somada à leveza do material fazem com que ele seja a alternativa mais viável para a produção de baterias atualmente. Mesmo que a extração do metal seja difícil e ele ofereça alguns riscos, a estabilidade que ele oferece vale a pena.
Extração de Lítio (Imagem: Reprodução/Gizmodo)
Mais segurança para as baterias de celular
As baterias dos primeiros celulares eram feitas de “Níquel Cádmio”. Mesmo que elas tivessem uma maior duração em alguns casos, tinham uma durabilidade menor. Ou seja, uma carga podia durar mais tempo, mas a vida útil da bateria era curta.
Foi por conta delas que surgiu o medo das baterias “viciadas“. Hoje em dia, com os dispositivos de íon-lítio não acontece o mesmo, mas no caso das versões antigas, quando você realizava uma carga e o aparelho não estava descarregado, a bateria poderia criar uma resistência depois de algum tempo e perder a sua alta duração.
Outro risco que corríamos com esse modelo passado eram os acidentes com o carregador. Em casos específicos de perfuração da bateria de lítio, ela também pode oferecer riscos, mas era mais comum com as de Níquel Cádmio já que essas não tinham a mesma capacidade e desempenho das baterias atuais.
Origem do Lítio
O Lítio é uma material de difícil extração. Como já dissemos, ele ainda é a principal alternativa para produção de baterias, mas algumas usinas levam até 180 dias para extrair completamente o material do solo.
O metal é encontrado principalmente em desertos de sal e em regiões próximas a vulcões. Um local que abriga uma grande de Lítio é o Salar de Uyuni, na Bolívia. O país ainda não extrai o elemento, mas o deserto de sal é considerado um dos maiores depósitos de lítio do planeta, cerca de 70% de toda a reserva fica concentrada lá. Dentro das áreas que atualmente exploram o minério podemos destacar Chile e Argentina como os maiores produtores, seguidos por Austrália e China, e chegando finalmente aos EUA e Rússia, que detém a menor quantidade do elemento.
O Salar de Uyumi, na Bolívia, é umas maiores reservas de Lítio do mundo.
Assim que o processo de extração termina, o Lítio tem a aparência parecida com o amido de milho. Depois de misturado com outras substâncias, ele é prensado e adquire a forma de lâminas metálicas bem finas. O material precisa ser misturado com propileno para evitar que seu aspecto “grudento” desfaça as lâminas. Finalmente, o Lítio fica pronto para ser dobrado e inserido nas células de bateria.
Além dos celulares e computadores, o metal também é utilizado para a fabricação de baterias de carros elétricos e outros dispositivos mais modernos. Alguns outros elementos já são estudados para garantir que não haja o monopólio, mas o Lítio ainda é a melhor opção e aposta para o futuro da tecnologia.
Gostou do nosso post? Se ainda ficou com alguma dúvida sobre a composição das baterias comenta aqui que a gente te ajuda.
Mais dicas e notícias sobre o mundo tech você pode conferir no Blog Empório.
Fonte: Tecmundo, Gizmodo
